quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Sarau da Cooperifa

Sarau da Cooperifa faz dez anos em momento de alta da poesia
FABIO VICTOR
DE SÃO PAULO
Em outubro de 2001, os poetas Sérgio Vaz e Marco Pezão organizaram, num bar de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, o primeiro Sarau da Cooperifa.
Quase ninguém soube, quase ninguém viu --e durante um bom tempo foi assim. Dez anos depois, e desde 2003 em outro endereço, um boteco no Jardim Guarujá, zona sul da capital, o encontro poético é um acontecimento da periferia paulistana.
Fundador da Cooperifa (Cooperativa Cultural da Periferia), Vaz, sete livros publicados, criou filhotes do sarau.
Fez a Semana de Arte Moderna da Periferia, a Mostra Cultural da Cooperifa, a Poesia no Ar (balões soltos com versos), a Chuva de Livros, o Cinema na Laje, o Ajoelhaço (em que homens pedem perdão às mulheres) etc.
E o sarau irradiou poesia pelas bordas da cidade.
Há pelo menos 50 encontros do tipo em São Paulo, a maior parte na periferia. Dos saraus surgiram escritores elogiados --como o próprio Vaz, Binho e Sacolinha-- e um nicho editorial.

Marlene Bergamo/Folhapress

Sérgio Vaz (centro) e Cocão (de boné) no Sarau da Cooperifa
Saíram da periferia iniciativas como as Edições Toró, de Allan da Rosa, e o Selo Povo, de Ferréz --que não faz sarau, mas os elogia e vai a muitos lançar seus livros. Até uma editora tradicional, a Global, criou um selo de literatura periférica.
O movimento das franjas ganhou o respeito do centro, "do outro lado da ponte".
"Estamos no meio de uma revolução. A poesia, que até o século passado era vista como arte de elite, está mudando de dono e de classe social, indo para a periferia. É a coisa mais importante da literatura brasileira hoje", diz o poeta Frederico Barbosa, diretor da Casa das Rosas, que abriga saraus na avenida Paulista, organizados com o auxílio de Marco Pezão.
A professora da UFRJ Heloisa Buarque de Hollanda vê essa cena como um renascimento "dos velhos saraus de salão do século 19" transfigurados, um "rito de passagem entre o privado e o público".
A onda poética periférica se junta a um bom momento para a poesia no mercado editorial. Novas coleções são lançadas e poetas inéditos chegam ao país.
Esta edição voltada ao verso destaca ainda o novo livro de Francisco Alvim, novas expressões poéticas em meios não impressos e a obra do crítico americano David Orr, que discute o significado de ler poesia hoje.
Por Miriam
Folha.com
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/976275-sarau-da-cooperifa-faz-dez...

18º Hip-Hop Santa Marta. 23/10/2011

25 de outubro de 2011

Ontem domingo, 23/10/2011, aconteceu o 18º Hip-Hop Santa Marta.
Ontem domingo, 23/10/2011, aconteceu mais uma edição do hip-hop Santa Marta, evento de hip-hop, dentro do morro Santa Marta, Botafogo-Rio de Janeiro.
No sábado, 22/10 ás 06h da manhã desembarca na rodoviária Novo Rio, o rapper Liu Mr direto de São Paulo, acompanhado de sua namorada Talita. Recebemos Liu e Talita na casa do Hugo e Natalia (Chilenos) com muito respeito e carinho, depois de um belíssimo café da manhã Liu Mr e Talita foi descansar depois de enfrentar seis horas de viajem. Eu Fiell junto com a Natalia Urbina, fomos ao nosso curso na Puc.
O hip-hop Santa Marta, existe desde 2007. Idealizado pelo repper Fiell, quando veio morar no morro Santa Marta, no final do ano de 2006.
O objetivo do evento é trazer vários artista do hip-hop, para divulgar seus trabalhos, autônomos, e não deixar a cena do rap morrer dentro da favela. Um dos objetivos é juntar em um só lugar os quatro elementos do hip-hop, a literatura e o cinema, e trazer o morador do morro Santa Marta e de outras favelas, bairros e estados do Brasil.
Antes do hip-hop Santa Marta - Na década de 90, o morro Santa Marta aderia ao hip-hop. O Mc Marcelo Elcy , foi um dos responsável por idealizar um dos maiores evento anual de rap na época o: VIVA ZUMBI, onde reunia os quatro elementos em um só lugar. O Viva Zumbi aconteceu ate meados de 1999.
O hip-hop Santa Marta, é produzido pelo coletivo de hip-hop, cinema, comunicação Popular e direitos Humanos: VISÃO DA FAVELA BRASIL, que é coordenado pelo repper militante Fiell, e conta com a parceria de: Dj Saci da Eletrobase Djs.
A entrada é gratuita.
Em toda edição do hip-hop Santa Marta, começamos com áudio visual. O curta metragem desta vez foi: “ARMAS E MICROFONES” do rapper Kapella de mesquita, Rio de Janeiro.
Muita criança parou na praça para assistir o filme, e logo em seguida começamos os shows de rap.
O primeiro grupo a se apresentar foi a o Sky Dance do morro Santa Marta> Os By-Boys botaram a chapa para esquentar com sua performance. Em seguida a rapper Mabú cantou e se emocionou com as crianças presentes. Depois foi a vez da diva do rap carioca Edd Wheeler junto com Negão Dj e Kibara, que impactou o publico presente com seus raps contundentes.
Antes de chamar outro mc, foi a vez do jovem morador do Santa Marta, Júnior mostrar seu talento na dança. Ele relembrou e abalou com performance ao som de Michael Jackson. A galera ficou eufórica, principalmente a mãe do Junior.
Já era quase 21h30, chegou a hora do rapper Liu Mr apresentar para o publico do morro Santa Marta seu repertorio. Liu fez o publico dançar e até cantar com ele, um refrão marcante.
Infelizmente Liu Mr, tinha passagens compradas para as 11h, para a volta a SP, e não pode ficar mais no morro Santa Marta.
Antes de terminar o evento, Mc Funkero cantou três musicas uma nova e duas do ultimo cd POESIA MARGINAL, que deixou a galera pedindo mais uma.
E assim o 18º hip-hop Santa Marta, finalizou com muito calor humano, muita diversão e informação. Nós do Visão da Favela, agradecemos a todos (a) pela presença e apoio moral, que nos fortalece para continuarmos na luta pelo rap nacional.
Agradecimento aos companheiros: Alan Barcelos, Rosendo, Bianca Felix, Marcelo Felix, Hugo Parra.
Até ao 19º edição que será dia 27/11/2011 ás 17hs.
Por: Visão da Favela Brasil.
http://www.visaodafavelabrasil.com.br/18%C2%BA-hip-hop-santa-marta-23102011/
Rapper Liu Mr